O longa de ficação-científica lançado pela Netflix, que foi tão comentado recentemente ilustrou bem como é possível “torrar” US$ 166 milhões em um longa sem graça.
Dividido em duas partes e idealizado pelo aclamado Zack Snyder, o filme traz um elenco de peso e efeitos especias de primeira, porém, não se anime, pois o que assistimos é um filme que tinha tudo para ser ótimo, mas acabou sendo “razoável”.
O Filme
Rebel Moon – Parte 1: A Menina do Fogo apresente uma colônia pacífica à beira da galáxia se vê à mercê dos exércitos do tirânico regente Balisarius, ameaçando sua existência.
A enigmática Kora (Sofia Boutella) emerge como a última esperança de sobrevivência. Diante do desespero, os colonos enviam a jovem, marcada por um passado conturbado, em uma missão para reunir guerreiros de planetas vizinhos e formar uma resistência.
Kora lidera um eclético grupo de insurgentes, composto por deslocados, camponeses e órfãos de guerra de diversos mundos, todos unidos por objetivos comuns: redenção e vingança.
Enquanto a sombra do reino avança sobre a lua improvável, desencadeia-se uma batalha crucial pelo destino da galáxia, dependendo desse novo e improvável exército de heróis.
Com um time intergalático e pronto para se rebelar, a esperança de sobrevivência se torna cada vez mais real. E assim esse pequeno exército de guerreiros e guerreiras está pronto para a guerra.
Elenco
Com um elenco forte, o diretor buscou dar força a personagens importantes do filme através das interpretações, porém o que vimos foi um General Titus completamente “apagado” no longa, o que foi um verdadeiro desperdício, tendo em vista o ator que o interpretou (Djimon Hounsou).
Já Charlie Hunnam, que interpretou o vigarista Kai, até conseguiu uma boa atuação. Claro que seu personagem teve maior participação no filme, ao contrário de Titus.
Mas se for para falar de importância no longa, sem dúvidas Ed Skrein (Admiral Atticus Noble) foi um dos poucos que se salvou. Claro que para vilão o papel sempre cai bem, porém sua vitalidade no papel do comandante sanguinário foi crucial para manter a “temperatura” da produção.
Michiel Huisman até tentou dar vida ao “sem graça” Gunnar, porém sua participação foi ofuscada pela personagem de Kora, interpretada pela boa atriz Sofia Boutella.
Já a conhecida Doona Bae, que deu vida a guerreira Nemesis, como de costume fez o “feijao com arroz” e segurou bem o seu personagem.
Conclusão
Nossa conclusão foi aquela… “Ficou faltando algo”! Não só pelo abandono de personagens que poderiam dar outra dinâmica pro longa, como no caso do abandonado e carismático robô Jimmy, mas também pela falta de sensibilidade em manter o ritmo do bom começo do filme.
Outro ponto que acaba gerando decepção é a rapidez do roteiro em “escantear” certos personagens em detrimento de outros. Como no caso do guerreiro nativo Tarak, interpretado por Staz Nair.
Até que curti muito as criaturas apresentadas no longa, algumas delas são verdadeiramente criativas. Os visuais foram habilmente elaborados, embora a proposta estética do filme seja um tanto confusa e desafiadora de compreender no desfecho.
Alguns clichês presentes são difíceis de aceitar. As cenas de ação carecem de uma clara definição e, frequentemente, carecem de sentido, provocando um desconforto a ponto de fazer com que o espectador perca o interesse no filme. O que quase aconteceu, na verdade.
Podemos dizer que diante dos últimos lançamentos da plataforma, Rebel Moon não deixa de ser uma boa opção. Porém, pelo orçamento, pelo diretor e pelo elenco, fica aquela sensação de que não se fazem mais filmes de ficção como antes.
Até a próxima!
Apaixonado em viajar e pela sétima arte, é bacharel em Relações Internacionais e especialista em gestão de direitos autorais, com ênfase no universo da indústria fonográfica. Amante de clássicos do cinema e de lugares exóticos, está constantemente buscando conteúdos interessantes para publicar para você.